Pais e responsáveis podem seguir algumas recomendações para organizar suas agendas e das crianças favorecendo a saúde mental, emocional e física de todos

O cenário atual de quarentena pode ser desafiante, especialmente para pais e responsáveis que precisam dividir seu tempo de trabalho em casa com crianças e adolescentes. Manter uma rotina equilibrada é fudamental para manter a organização das agendas e a saúde mental, emocional e física de todos.

A Sociedade Brasileira de Pediatria listou algumas sugestões de ações baseadas em evidencias que podem ser tomadas pelos pais e responsáveis para minimizar os impactos negativos do isolamento. São medidas simples que qualquer um pode tentar tomar:

  1. Os adultos devem discutir as atividades prioritárias do dia a dia, das necessidades básicas da casa à divisão de tarefas. Deve-se organizar os horários de trabalho dos responsáveis, tentando intercalar os períodos para os demais afazeres da casa e das crianças.

  2. Discutir em família o papel que cada adulto possui em fornecer o suporte para que o estresse não se torne tóxico para as crianças e adolescentes.
  3.  Realizar o planejamento da agenda das crianças e adolescentes juntamente com eles, incentivando-os a organizar horários equilibrados para manter as atividades de brincadeiras, estudo, leitura, música, atividade física, sono e tempo de tela, respeitando os limites saudáveis, além dos intervalos de ócio criativo para que a própria criança faça reflexões e brincadeiras que irão ajudá-la a superar esse momento.

  4. Intercalar períodos de atividades físicas dentro do lar em mais de um horário do dia, nos turnos da manhã e da tarde , e, se possível, fazer as atividades em conjunto pais e filhos. Estimular a criança e o adolescente a serem criativos para realizar essas atividades em casa. Podem ser de circuitos feitos com travesseiros e garrafas plásticas, pular corda, dançar, artes marciais dentre outros.
  5. Usar a tecnologia a favor de todos. Definir com as crianças os horários para o uso das telas, evitando ultrapassar os limites saudáveis e o acesso sem supervisão a conteúdos inadequados.

  6. Definir horários para jogos online com os amigos e para videconferências. Conversas alegres e momentos de descontração durante os contatos à distância são importantes para a saúde emocional.
  7. Conversar com as crianças e adolescentes sobre a situação atual, com linguagem simples e adequada para cada idade. As orientações devem ser transmitidas de forma tranquila a fim de evitar a elevação do estresse, do medo e da ansiedade, que podem comprometer a imunidade e saúde mental.
  8. Inserir as crianças e adolescentes nas tarefas domésticas respeitando a capacidade de acordo com a idade de cada um. Incentivar o ensino colaborativo supervisionado ao realizar essas atividades e aproveitar para ensinar afazeres de forma alegre e prazerosa.

  9. Conversar com as crianças e adolescentes para que eles respeitem os momentos em que os adultos precisem trabalhar . Tentar sincronizar o horário dessa necessidade com um filme ou alguma atividade em que as crianças não precisem de tanta supervisão.

  10. Incluir na agenda pausas durante o dia para que a família possa estar unida de forma alegre e prazerosa. Tente realizar as refeições junto com as crianças abordando temas construtivos. 

Sobre o Autor

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Jornalista carioca guiada pela curiosidade e fascinada pela ciência. Especializada na cobertura de ciência, saúde, tecnologia e meio ambiente, atuou como repórter da Ciência Hoje durante maior parte de sua carreira. Na Rede CpE, toca a assessoria de imprensa e a produção de conteúdo.

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