O sono é fundamental para a consolidação de memórias e o aprendizado. Com base nessa premissa, a Associação Brasileira de Sono lançou, durante o Congresso Brasileiro de Sono, um manifesto que propõe a mudança nos horários escolares com o objetivo de garantir a quantidade de sono adequada a crianças e adolescentes.
O documento defende que o horário das aulas para os estudantes do sétimo ao nono ano do ensino fundamental e dos três anos do ensino médio (adolescentes entre 13 e 17) seja alterado, iniciando preferencialmente a partir das 8:30, para garantir um mínimo de quantidade e qualidade de sono e um bom processo de aprendizagem.
A recomendação está alinhada com a Academia Americana de Medicina do Sono e a Associação Americana de Pediatria.
“Os horários escolares da maioria das escolas brasileiras são inadequados e causam uma restrição de sono nos estudantes com consequências negativas para a regulação emocional e o desempenho acadêmico. Por este motivo, a Associação Brasileira de Sono vem manifestar sua posição”, diz o manifesto.
O documento lembra que adolescentes entre 13 e 17 anos necessitam entre oito e 10 horas diárias de sono e que possuem mais dificuldade de antecipar os horários de dormir e acordar para se adaptar aos horários vigentes. Também pontua que mudanças semelhantes nos horários escolares, que ocorreram em países como Estados Unidos e Inglaterra, influenciaram positivamente o desempenho acadêmico e emocional dos alunos.
Fazem parte da associação os pesquisadores associados da Rede CpE Fernando Louzada (UFPA) e John Fontenele Araújo (UFRN), que promovem estudos sobre o papel do sono no aprendizado.
Confira o manifesto na íntegra
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