Cátedra Unesco de Ciência para Educação debate o ensino de matemática em webinário

Os desafios para aprender e ensinar matemática são muitos e diversos, de acordo com os pesquisadores convidados a participar dos Diálogos entre Ciência e Educação promovidos pela Cátedra Unesco de Ciência para Educação no dia 27 de junho.

“Falar em aprender matemática é falar desse cenário complexo que envolve cognição, afetividade e outros coisas”, ressalta uma das pesquisadoras convidadas, a pesquisadora associada da Rede CpE Izabel Hazin, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Hazin apresentou resultados de sua pesquisa que discute a importância da habilidade de “contar com os dedos” no ensino da matemática. Segundo a pesquisadora, as crianças do mundo todo tendem a usar os dedos como auxílio na contagem matemática e, por isso, estudar e melhorar essa utilização pode ser um caminho para o ensino da disciplina.

Assim, Hazin desenvolveu com sua equipe protocolos de ensino visando melhorar a capacidade cognitiva, as habilidades motoras e numéricas e também a memória de trabalho. “O treino de contagem com os dedos potencializa o ensino de matemática”, ressalta.

A caixa mágica da matemática

Já Alejandro Maiche, da Universidade da República e do Centro de Pesquisa em Cognição e Aprendizagem do Uruguai, contou um pouco sobre a sua experiência no país vizinho a partir da utilização de metodologias inovadoras no ensino da matemática, entre elas a “caixa mágica”.

Essa metodologia envolve interação entre as crianças para o desenvolvimento da atividade de ensino em si e teve bons resultados nas pesquisas apresentadas. “Nossos resultados indicam que a interação promovida pelas caixas mágicas é mais efetiva que jogos individuais em tablets”, destaca.

Diálogos entre Ciência e Educação e a Cátedra Unesco

O evento faz parte de uma série de palestras denominadas “Diálogos entre Ciência e Educação” promovida pela Cátedra, que tem a proposta de trazer para o diálogo entre pesquisadores parceiros.

A Cátedra Unesco CPE busca promover integração internacional, estabelecendo uma rede de produção e divulgação de conhecimento sobre ciência para educação entre pesquisadores latino-americanos, norte-americanos e europeus durante quatro anos. Hospedada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) junto com o Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) e operada pela Rede CpE, possui representantes da Argentina, Bélgica, Canadá, Chile, Cuba, Finlândia, França, Reino Unido, Estados Unidos, Uruguai e, claro, Brasil.

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