A Academia Brasileira de Ciências (ABC) lança em 15 de outubro, Dia do Professor, o documento “A necessária aliança entre ciência e educação”. A publicação aponta como estas duas áreas são indissociáveis para o progresso do Brasil e apresenta recomendações para que o país possa enfrentar desafios futuros e superar desigualdades. O lançamento será às 10h30, na sede da ABC, no Centro do Rio de Janeiro.

O documento apresenta quatro pontos centrais que devem fazer parte de políticas públicas: 1) universalizar o acesso a uma educação de qualidade; 2) fazer uso de evidências científicas para melhorar o ensino; 3) ensinar ciências desde a educação infantil e básica até o ensino superior; e 4) popularizar a ciência como forma de combater a desinformação e o negacionismo.

A publicação defende a criação de um ecossistema integrado entre ciência e educação que ajude a ampliar o cenário de inovação e aprendizado no país. A proposta é que os ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e da Educação (MEC) possam atuar de forma conjunta para formular políticas educacionais e colocá-las em prática. A mesma medida ocorreria em relação a fundações de apoio à pesquisa e secretarias estaduais e municipais de educação. O objetivo é unir esforços, recursos e estratégias para impulsionar pesquisas em educação e alinhar as políticas educacionais com base em evidências científicas – de forma a acelerar os ganhos na educação brasileira e a reduzir a disparidade em relação aos países desenvolvidos.

“O trabalho representa um esforço de comunicar ao público a necessidade estratégica de estabelecer as bases sociais para as formas de interação entre a ciência e a educação. A ABC abre assim um diálogo com a cidadania sobre a aliança virtuosa e necessária entre as áreas”, explica o neurocientista Roberto Lent, coordenador do grupo de trabalho, que reuniu 12 professores, pesquisadores de diferentes áreas e jornalistas.

Além de propor a união da educação e da ciência como ferramentas de transformação social, o relatório aponta que é fundamental basear as políticas educacionais em provas concretas. Outro ponto apresentado é a importância de se promover o ensino da ciência desde a educação de base, para formar cidadãos mais preparados para enfrentar desafios como as mudanças climáticas e os avanços tecnológicos.

O relatório cita os professores como elemento de maior impacto na aprendizagem e destaca que valorizá-los, melhorando salários e condições de trabalho, é essencial para garantir uma educação de qualidade. Também sugere cursos que “capacitem os docentes a adotar práticas inovadoras e interativas no ensino de ciências, tornando o aprendizado mais envolvente e acessível.”

Confira abaixo resumo com algumas das sugestões apresentadas no relatório:

  • Criação de um ecossistema integrado em ciência e educação;
  • Valorização do papel dos professores com investimento em sua formação e desenvolvimento profissional;
  • Promoção de cursos de educação científica continuada para professores;
  • Educação em popularização da ciência para o enfrentamento à desinformação científica;
  • Fomento de parcerias e colaborações entre instituições de ensino superior e escolas de ensino básico para disseminação e popularização da ciência;
  • Fortalecimento da educação científica pela comunicação a partir de mídias digitais e/ou locais.

Além de Roberto Lent, participaram do grupo de trabalho – entre membros da ABC e convidados:

  • Anderson Gomes, diretor do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos;
  • Antônio Gois, jornalista especializado em educação e autor de livros como “Quatro Décadas de Gestão Educacional no Brasil”;
  • Claudia Costin, fundadora e diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais da FGV;
  • Daniel Domingues dos Santos, professor associado da Faculdade de Economia da USP de Ribeirão Preto;
  • Débora Foguel, professora da UFRJ e coordenadora-adjunta da Rede Nacional de Ciências para a Educação (Rede CpE);
  • Eduardo Deschamps, professor da Universidade de Blumenau e ex-secretário estadual de educação de Santa Catarina; Glaucius Oliva, professor titular do Instituto de Física de São Carlos da USP;
  • Luisa Massarani, coordenadora do Instituto Nacional de Comunicação da Ciência e Tecnologia da Fiocruz;
  • Ricardo Henriques, economista e professor associado da Fundação Dom Cabral;
  • Simon Schwartzman, sociólogo, pesquisador associado do Instituto de Estudos de Política Econômica e ex-presidente do IBGE; e
  • Oliveira, professora de pós-graduação em comunicação na UFF.

O evento de lançamento contará com apresentações dos pesquisadores que contribuíram para a elaboração do relatório. Eles irão explicar os principais pontos do documento e também responderão aos questionamentos do público.

CREDENCIAMENTO DE IMPRENSA

Jornalistas interessados em acompanhar o evento devem enviar nome, veículo e telefone para henriquegimenes@corcovadoestrategica.com.br até às 17h do dia 14/10.

SERVIÇO: Lançamento do relatório “A necessária aliança entre Ciência e Educação”
Data: 15 de outubro
Hora: 10h30
Endereço: Sede da Academia Brasileira de Ciências – Anfilófio de Carvalho, 29/3o andar, Centro, Rio de Janeiro, RJ

Assessoria de Imprensa: Corcovado Comunicação Estratégica

Henrique Gimenes – (21) 99383-0031 / henriquegimenes@corcovadoestrategica.com.br
Natália Cancian – (61) 98175-0172 / nataliacancian@corcovadoestrategica.com.br
Carla Russo – (21) 99196-4250 / carlarusso@corcovadoestrategica.com.br
Raphael Gomide – (21) 98734-5544 / rgomide@corcovadoestrategica.com.br

 

Texto: divulgação ABC

Sobre o Autor

Avatar photo

A Rede Nacional de Ciência para a Educação tem por objetivo integrar esforços dos vários laboratórios e pesquisadores do Brasil, de qualquer especialidade, cujo trabalho possa ser aplicado à Educação.

Deixe um comentário

Seu e-mail não será publicado