A Educação está em pauta. Temas de grande interesse como inclusão das tecnologias no ensino, integração da universidade no campo social, mudanças na graduação e no sistema de pós-graduação no país, debate sobre base nacional curricular, metodologias ativas, propostas para Educação Básica, avaliação, qualificação e formação de docentes fazem parte das discussões e definições de política na área de Educação atualmente, e especificamente na Educação em Saúde, com prospecções para o futuro.
No contexto nacional, o slogan “Brasil, Pátria-educadora” sinaliza a importância de se fazer da Educação, uma prioridade do governo, reafirmando o acesso à educação como porta de um futuro próximo. Ao mesmo tempo, assistimos nas Universidades brasileiras e instituições de pesquisa, uma grande mobilização por maior orçamento para instituições públicas, garantia de investimentos em C&T no país, e uma série de debates, por meio de seminários e fóruns sobre os desafios e novos papéis da Universidade do futuro.
O Seminário “Educação, Saúde e Sociedade do Futuro”(25 a 27 de agosto de 2015), organizado pela Fiocruz, deve contribuir para fortalecer o pensamento crítico em Educação e seu potencial inovador reforçando o compromisso da instituição com a educação e saúde da população.
O Seminário faz parte do ano de comemoração dos 115 anos da Fiocruz, e pretende promover a discussão sobre perspectivas e novas visões sobre a educação na sociedade contemporânea, colocando em foco diretrizes e projetos educacionais inovadores. Os debates oriundos do Seminário constituirão importantes contribuições para uma futura análise prospectiva da educação na Fiocruz e nas instituições de ensino e pesquisa no Brasil.
Participa do evento o coordenador da Rede CpE Roberto Lent (UFRJ) como palestrante da mesa-redonda “Como Formar Profissionais para a Ciência Comprometidos com a Qualidade, o Pensamento Crítico e a Inovação”, que ocorre no dia 26/08 às 14h no Museu da Vida, na Fiocruz. Lent vai falar sobre a importância de diálogo entre ciência e educação.
Quando:
25 a 27 de agosto de 2015
Onde:
Museu da Vida (Com transmissão para Tenda da ciência)
Av. Brasil, 4365 – Fiocruz – Manguinhos
Av. Brasil, 4365 – Fiocruz – Manguinhos
Inscrições e mais informações pelo site: www.seminarioeducacao.fiocruz.br
SOS- misericórdia para as crianças
Ivone Boechat
A sociedade vive sobressaltada, de cabelo em pé, com o resultado do seu próprio estilo de vida. É muito barulho pra todo lado. Aí, a própria família, essa que reclama tanto do incômodo, basta alguém comemorar o aniversário e o barulho é o primeiro convidado a chegar. Nas festas de casamento então, o barulho chega de fraque e cartola. Os convidados, coitados, que imaginavam rever amigos e botar o assunto em dia, nem pensar. Ninguém consegue falar, só se gritar para saber, pelo menos, como o outro vai. Aliás, na primeira chance as pessoas vão saindo, estressadas e frustradas. É para economizar o consumo? É chic? É moda? É claro que um fundo musical na festa é maravilhoso! Mas, por que tanto volume? E não adianta pedir para baixar o som, o profissional contratado, o dj, tem poder; manda na festa e você pode morrer fuzilado com uma guitarra apontada para o seu ouvido que ninguém socorre ninguém.
Por onde anda a educação?
As crianças não escapam dessa maluquice de botar o som em último volume nas comemorações, pasmem, a partir de um ano de vida! Mas reparem como os pimpolhos homenageados se comportam na festa: desesperados, choram, querem tirar a roupa, os sapatos, os penduricalhos do cabelo, e geralmente os avós ou algum voluntário bom samaritano sai com a vítima aos farrapos, para dar uma volta lá fora, onde o aniversariante acaba dormindo, aliviado, longe dessa zoeira horrorosa! É um caos! Enquanto isso, uma nuvem de sofredores de tenra idade se esforçam para ficar na festa, anestesiados pela esperança de ganhar os brindes. Ufa! Que sacrifício! A maioria chega a casa e haja mecanismos para baixar a overdose de adrenalina.
A Escola não pode de maneira nenhuma se omitir na educação sobre o uso inteligente do som.
Os profissionais têm também que baixar o volume dos equipamentos utilizados nas aulas. É um horror! Os professores devem reduzir o volume da voz. Por que gritar tanto assim? Numa conversa normal, com pessoas educadas falando, o decibelímetro marca 30, 35 decibeis! Imagina o incomodo de quem é obrigado a participar de uma aula com 60 decibéis ou mais dos professores que só gritam? O resultado é este que se registra: de cada cinco crianças, nas três primeiras séries do ensino fundamental, somente uma é capaz de ler e entender uma frase escrita! É só porque o professor grita? Não! Claro que não, mas que a gritaria interfere, ah! Interfere, sim.
“O excesso de ruído causa na massa cinzenta um estímulo desnecessário, que a deixa acelerada, sem motivo. Ficamos em alerta, como se estivéssemos em perigo”, explica Fernando Pimentel de Souza, neurofisiologista da Universidade Federal de Minas Gerais. Isso significa produção em excesso de cortisol, o hormônio do estresse, em picos indiferente”.
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Excesso de som altera a química cerebral: barulho excessivo das indústrias, canteiros de obras, meios de transporte, áreas de recreação, recreio da escola, festas, reuniões, etc. estratosféricos, no organismo. “É uma estratégia de defesa, que o próprio cérebro, agredido, articula”, justifica o psicólogo Esdras Vasconcellos, da Universidade de São Paulo. Faz sentido, por se tratar de uma reação que prepara o corpo para se proteger de um possível problema”.
“O ouvido é o único sentido que jamais descansa, sequer durante o sono. Com isso, os ruídos urbanos são motivos a que, durante o sono, o cérebro não descanse como as leis da natureza exigem. Desta forma, o problema dos ruídos excessivos não é apenas de gostar ou não, é, nos dias que correm, uma questão de saúde, a que o Direito não pode ficar “A Escola localizada no centro nervoso das cidades tem o ensino prejudicado. Pesquisadores da Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos, ao avaliar os efeitos do som do trânsito diurno em alunos do 7º ano, chegaram à conclusão que alunos que estudam em escolas localizadas em áreas de tráfego intenso tiveram pior resultado nos testes de leitura – uma defasagem de sete meses – em relação às turmas de instituições situadas em áreas mais silenciosas”.
Então, mãos à obra: família, escola, igrejas, amigos, todo mundo; baixem o volume do som! Use-o, com inteligência!