Professor Vitor Loureiro e sua equipe recebem prêmio Dica de Mestre por trabalho com estudantes do ensino médio
O Congresso Aprender Criança de 2022 trouxe a 5ª edição do prêmio Dica de Mestre e o amigo da Rede CpE, Vitor Loureiro, foi um dos educadores premiados, junto a João Paulo Martins Campelo, do Colégio Lerote e aluno do Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional (UFPI), e de Fabrício Bruno Cardoso, seu coorientador e líder no Laboratório Inovação Educacional e Estudos Neuropsicopedagógicos.
Na interface de Neurociências e Educação, o trabalho premiado foi um protocolo de intervenção neuropsicopedagógica para estudantes do ensino médio de duração de oito semanas, com intervenções semanais no Colégio Lerote.
Os jovens que participaram da atividade eram voluntários e foram separados entre grupo de intervenção e um grupo controle. O grupo de intervenção realizou as atividades propostas pelo protocolo, no qual havia ações com base em conhecimentos das neurociências aplicadas à educação, psicologia cognitiva e teorias da aprendizagem.
“O grupo de intervenção teve resultados favoráveis como, por exemplo, a redução de 60% nos índices de ansiedade, o aumento no engajamento escolar, na tomada de decisão e melhoria no desempenho acadêmico”, destaca Loureiro.
Ponto de partida – O premiado conta que o trabalho surgiu a partir de duas questões. A primeira diz respeito às preocupações quanto à retomada das atividades presenciais na Educação Básica, após o início da pandemia de covid-19, já que temos um quadro de desmotivação, falta de engajamento e dificuldades de aprendizagem.
“Esse cenário de retomada carrega diversas tensões que foram agudizadas pela sindemia de Covid-19. Somam-se a esses fatores as características do período da adolescência e as incertezas que permeiam os estudantes da última série do Ensino Médio diante dos exames de ingresso no Ensino Superior”, destaca Loureiro.
Outra motivação do trabalho é de cunho pessoal: a filha caçula de Loureiro foi diagnosticada com o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). “Ela é minha motivação para mudar toda a minha carreira como educador, embrenhar na neuropsicopedagogia e pensar numa escola mais inclusiva e que compreenda que todo ser humano é capaz de aprender”, destaca o premiado.
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*Vitor Loureiro utiliza o termo ‘sindemia’, que vem sendo utilizado por alguns autores para se referir à complexidade de questões que a pandemia de covid-19 trouxe. Nesse caso, a sindemia da COVID-19 “envolve a interação sinérgica com amplo espectro de doenças entre os grupos de doenças crônicas não transmissíveis, doenças infecciosas e parasitárias e problemas de saúde mental”, segundo Bispo Júnior e Santos no ensaio “COVID-19 como sindemia: modelo teórico e fundamentos para a abordagem abrangente em saúde” publicado em Cadernos de Saúde Pública.
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