Qual a melhor maneira de aproveitar o momento de estudo e aprender? Como se preparar para provas? A ciência pode ajudar a responder a estas perguntas. Confira algumas dicas de estudo baseadas em evidências para dar um gás no seu aprendizado!

1. Minimize distrações

O melhor modo de manter a atenção é minimizar as distrações do entorno. Televisão, redes sociais e telefones não devem fazer parte do momento de estudo. A multitarefa também deve ser evitada. Embora muita gente jure que consegue fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo, a ciência mostra que não é bem assim. A multitarefa ativa redes inibitórias do cérebro, o que sugere que o cérebro na verdade fica mudando de uma tarefa para outra em vez de realiza-las simultaneamente. estudos também já demonstram que a multitarefa crônica compromete a memória de longo prazo e a memória de trabalho (de curto prazo).

Dica para professores: Estabeleça regras sobre o uso da tecnologia em sala de aula, encoraje os alunos a focar uma tarefa por vez.

2. Faça testes e repetições

Fazer testes e quizzes ou se forçar a relembrar informações ajuda mais na formação de memória do que simplesmente rever suas anotações. Uma pesquisa feita com estudantes universitários, por exemplo, mostrou que eles iam melhor no aprendizado de uma língua estrangeira quando eram testados, sugerindo que a formação de memória de longo prazo ocorre em situações de repetição forçada.

Dica para professores: disponibilize quizzes e ferramentas de testes para os alunos

3. Espalhe o aprendizado

Os benefícios de espaçar o aprendizado têm sido observados em estudantes de pré-escola a universidade. Para retenção de memória de longo prazo,  espaçar as sessões de estudo é mais eficaz que um só sessão de longa duração. Revisar os conteúdos regularmente funciona, seja diariamente ou semanalmente.

Dica para professores: Reveja os tópicos de estudo periodicamente com seus alunos

4. Misture as coisas

Uma forma tradicional de estudo é ensinar habilidades sequencialmente e não passar para um próximo tópico antes de ter aprendido o anterior. Mas já é sabido que misturar a prática de várias habilidades intercaladas pode melhorar o desempenho a longo prazo. “Intervalar” habilidades pode melhorar o aprendizado.

Dica para professores:  Intercale soluções passo a passo com exercícios de resolução de problemas ou passe material de revisão que combine perguntas sobre tópicos variados.

5. Combine fala e imagens

As centros visual e auditivo do cérebro estão localizados em regiões distintas e são ativados separadamente quando ouvimos palavras e vemos imagens. Embora a multitarefa seja prejudicial ao aprendizado, pesquisas têm indicado que processar simultaneamente imagens e palavras ouvidas não é ruim. O mesmo não vale para imagens e textos: quando você tenta ouvir alguém ao mesmo tempo que lê um texto não correlacionado, nenhum dos dois é bem entendido.

Dica para professores: Use imagens relevantes e apresentações visuais.

6. Use histórias

A memória de conceitos abstratos pode ser reforçada por exemplos concretos e histórias.Depois de formar uma memória, precisamos consolidá-la e fazê-la durar. Isso é mais fácil quando há um contexto à informação aprendida. Por isso usar dispositivos mnemônicos (truques e ferramentas que ajudam a lembrar) é útil nos estudos.

Mnemônicos e histórias ajudam a formar associações entre o conteúdo que você quer lembrar e a história que você sabe. Essas associações são caminhos neurais formados por sinapses. Quando você pensa em uma história ou em um mnemônico, você recuperar esse conteúdo mais facilmente.

Um exemplo se mnemônico é a frase “Minha Vó Traga Meu Jantar, Sopa Uva e Nozes”, usada para recordar a ordem dos planetas do sistema solar. Histórias pessoais relacionadas ao conteúdo também ajudam a memória. Se você estuda medicina, por exemplo, é provável que lembre mais sobre uma doença que afetou algum parente seu ou alguém próximo. Uma história pessoal contextualiza a memória.

Dica para professores: Dê contexto aos conteúdos, use exemplos reais e histórias relacionadas.

 

*Texto traduzido e adaptado de “Top science-based tips to improve studying and learning” de Donna Lu, Science of learning (Nature – NPJ).

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