Ministério da educação do país cria conselho científico para auxiliar nas decisões de governo sobre ensino e aprendizado

O governo francês anunciou um novo projeto para a educação do país com investimentos em ciências cognitivas e neurociência como forma de melhorar o ensino e o aprendizado. O país estabeleceu um conselho científico para pensar o ensino nacional.

O conselho, com um poder consultivo, é composto por cerca de vinte personalidades reconhecidas que trabalham em diferentes disciplinas científicas e poderá ser aproveitado em todos os assuntos, a fim de trazer luzes relevantes no campo da educação. Entre os 21 integrantes , estão 6 neurocientistas como Stanilas Dehaene, responsável pela área de psicologia cognitiva experimental no renomado Collège de France.

“O Conselho Científico para a Educação Nacional é um ativo essencial para toda a comunidade educacional, que assim poderá se beneficiar dos últimos avanços na pesquisa. Através de seus trabalhos e debates, o Conselho Científico lançará luz sobre a decisão política sobre as principais questões educacionais do nosso tempo”, diz na página do projeto o ministro da educação da França, Jean-Michel Blanquer. “O mais próximo possível das necessidades dos professores, o Conselho formulará recomendações para ajudar a nossa instituição e professores a entender melhor os mecanismos de aprendizagem dos alunos e, assim, responder melhor à diversidade de seus perfis.”

O principal desafio dos pesquisadores e professores franceses é melhorar a capacidade de atenção e memória dos alunos. Por isso, a primeira missão do conselho científico se concentrará nos métodos de leitura.

O Coordenador da Rede CpE, Roberto Lent, comenta a importância da iniciativa. “A França sai na frente de todos os países propondo uma medida estruturante para adotar práticas baseadas em evidências científicas na educação do país”, diz. “A medida é pioneira e pode fazer a diferença na educação francesa. No Brasil, temos a oportunidade de fazer o mesmo, mas nossos governantes ainda não se sensibilizaram para essa possibilidade de ouro!”

 

Sobre o Autor

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Jornalista carioca guiada pela curiosidade e fascinada pela ciência. Especializada na cobertura de ciência, saúde, tecnologia e meio ambiente, atuou como repórter da Ciência Hoje durante maior parte de sua carreira. Na Rede CpE, toca a assessoria de imprensa e a produção de conteúdo.

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