Rede CpE lança segundo vídeo da série ‘Dicas práticas para professores’

A alimentação balanceada e rica em nutrientes é essencial para o desenvolvimento do cérebro e as carências nutricionais durante a gestação, infância e adolescência podem comprometer o desenvolvimento das conexões entre os neurônios. E é sobre isso que o novo vídeo da série trata:  a importância da alimentação de qualidade no rendimento escolar.

“No processo de aprendizado, a criança/adolescente deve ter o aporte necessário de energia para as funções vitais e para a manutenção da atenção. O cérebro, por exemplo, consome uma enorme quantidade de energia”, conta Cláudio Serfaty, pesquisador associado da Rede CpE e consultor do vídeo.

Além disso, uma alimentação adequada deve fornecer os chamados nutrientes essenciais, aqueles que são exclusivamente dependentes da dieta. Alguns desses “são fundamentais para a formação de novos circuitos neurais impactando diretamente no processo de aprendizado e no desenvolvimento do cérebro”, ressalta Serfaty.

Cenário brasileiro – Quando se fala em alimentação, é preciso levar em consideração, também, que os hábitos alimentares são construídos ao longo da vida e sofrem interferências de vários fatores. Questões econômicas, por exemplo, como renda familiar e acesso ao alimento, são importantes no desenvolvimento desses hábitos. E isso é de especial relevância quando se destaca os 33,1 milhões de brasileiros que estão em situação de insegurança alimentar, segundo a pesquisa Olhe para a fome

No Brasil, as refeições feitas nas escolas, principalmente nas escolas públicas, têm o papel de suprir as necessidades nutricionais das crianças. Sefarty lembra ainda que a merenda escolar é, muitas vezes, a única fonte de alimentação das crianças. Por isso, é necessário pensar em políticas públicas que que garantam o acesso a alimentação –  um direito social segundo a Constituição Brasileira e também contido na Declaração Universal do Direitos Humanos.

“As políticas públicas para alimentação escolar e nutrição são a única defesa das populações carentes”, resume Sefarty. Logo, um decréscimo de políticas públicas na área “poderá trazer gravíssimas consequências para as novas gerações. Crianças e adolescentes terão não só um rendimento escolar aquém de suas possibilidades, como um comprometimento ao pleno desenvolvimento das habilidades cognitivas. Um risco que não podemos permitir”, conclui.

Acesso o vídeo no nosso Canal do Youtube: https://youtu.be/E-c6NudSRJI

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