Autores recomendam que o horário de início das aulas para adolescentes de 13 a 17 anos não seja antes de 8:30 da manhã

Foi lançado durante o Congresso Brasileiro de Sono, na semana passada o “Dossiê – Horário Escolares e Implicações no Sono de Adolescentes“, uma publicação da Associação Brasileira do Sono que traz dados sobre o sono dos indivíduos nessa faixa etária obtidos por um levantamento conduzido pela instituição em 10 estado brasileiros. 
O documento foi elaborado por especialistas, com a participação de dois pesquisadores associados da Rede CpE, o professor Fernando Louzada (UFPR) e John Araujo (UFRN). O lançamento se deu em uma mesa com a participação do coordenador da Rede CpE Roberto Lent (UFRJ) e do Presidente do Conselho Nacional de Educação e membro do ConsAd da Rede CpE  Eduardo Deschamp.
O objetivo do dossiê é reunir as evidências científicas a respeito da importância do sono para a aprendizagem, as necessidades de sono de crianças e adolescentes e as consequências decorrentes dos horários escolares matutinos. Diversos estudos mostram que o sono têm papel fundamental na consolidação de memórias e no aprendizado. Para os autores, é preciso levar isso em consideração ao pensar nos horários escolares, de forma que sejam adequados às necessidades de sono diárias dos alunos. Eles consideram que o horário de início das aulas para adolescentes de 13 a 17 anos não seja antes de 8:30 da manhã.
“Pretendemos fornecer subsídios para que educadores possam pensar em modificações da organização temporal da escola”, explica Fernando Louzada. “Acreditamos que estamos em um momento propício na medida em que as mudanças do ensino médio recém aprovadas propõem uma flexibilização dos conteúdos e espaços de aprendizagem . Acreditamos que o dossiê fortalece a discussão sobre a ampliação da flexibilização dos tempos de aprendizagem.”

Confira o dossiê completo

Sobre o Autor

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Jornalista carioca guiada pela curiosidade e fascinada pela ciência. Especializada na cobertura de ciência, saúde, tecnologia e meio ambiente, atuou como repórter da Ciência Hoje durante maior parte de sua carreira. Na Rede CpE, toca a assessoria de imprensa e a produção de conteúdo.

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