Pesquisadores propõem experimentos para crianças entenderem como se dá a infecção pelo novo coronavírus e como a máscara protege contra a doença

Como convencer as crianças a usar a máscara? Com a possibilidade de volta às aulas presenciais (já uma realidade em alguns estados), essa pergunta se torna cada vez mais relevante. Um grupo de pesquisadores internacionais, com participação de brasileiros, aposta na ciência cidadã como estratégia. Eles criaram um guia de experimentos caseiros para ajudar pais e professores a engajar os pequenos no uso das máscaras e ao mesmo tempo ensinar por que cobrir a boca e o nariz é importante para reduzir a transmissão de Covid-19.

O material, produzido em versão em português, contém instruções para quatro experimentos. As atividades foram desenvolvidas com base em um estudo científico realizado em um centro de pesquisa médica universitário e usam utensílios simples que podem ser encontrados em casa.

Os experimentos propostos usam diferentes líquidos para simular a dispersão de gotículas de saliva que se pulverizam no ar quando falamos, tossimos e espirramos, potencialmente espalhando vírus. 

Segundo Antonio Pereira Junior, um dos autores e pesquisador da Rede CpE, a ideia do projeto é incentivar o uso da ciência pelos cidadãos como forma de conscientização sobre saúde pública. “Queremos que os professores estimulem seus alunos a usar o método científico para resolver problemas e entender os processos naturais determinantes para a sua qualidade de vida, inclusive a dinâmica de doenças infecciosas”, diz o pesquisador.

Na página do projeto há também um formulário para que os cientistas cidadãos compartilhem detalhes de seus experimentos e observações. Afinal, a ciência é feita de testes. “Nossa ideia é que os cientistas-cidadãos sigam as etapas completas do método científico, incluindo a coleta e análise dos dados experimentais”, diz Pereira. 

Sobre o Autor

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Jornalista carioca guiada pela curiosidade e fascinada pela ciência. Especializada na cobertura de ciência, saúde, tecnologia e meio ambiente, atuou como repórter da Ciência Hoje durante maior parte de sua carreira. Na Rede CpE, toca a assessoria de imprensa e a produção de conteúdo.

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